sábado, 29 de dezembro de 2012

Dos novos começos

A chegada de um novo caderno em branco,com 365 páginas está quase aí. Resta-nos saber escrever nele,em cada uma das páginas,da forma mais audaz,mais inteligente,mais empreendedora e mais humana,possível. Se existe alguma mudança eminente e inevitável,então façamo-la. Mesmo que à partida,a palavra de ordem seja "dificil".
Se é preciso mudar, muda-se.
Muda-se,não por ser um novo ano,não por estar escrito na capa de uma revista "ano novo: mude a sua vida!". Não,não é por aí.
Por vezes não queremos ver e aceitar a mudança,não queremos enveredar por escolhas ambíguas e incertas,acabando por cair numa espécie de "paz podre". E não há conflito pior,do que aquele que geramos dentro de nós,connosco.
Por outro lado,pode também acontecer pura e simplesmente,pouco ou nada haver a ser mudado; neste caso,deixem-se ficar quietos,porque não se muda a vida,como se muda um corte de cabelo: os danos podem ser irreversíveis,enquanto que o cabelo acabará por crescer.
Pés assentes no chão,liberdade para sonhar e viver para se ser Feliz.
Feliz Ano Novo*

sábado, 22 de dezembro de 2012

E a seguir ao fim do mundo....



Ora,após um "dia-do-fim-do-mundo" cheio de sol,venho desejar ao universo cibernáutico um Natal feliz,cheio de tudo aquilo que é realmente importante. E atenção minha gente,não querendo estar a cair em clichés,esta questão do "realmente importante",é de facto para reflectir e tem muito que se lhe diga. Comam o que lhes apetecer e acima de tudo,riam. Riam muito.

Um Bom Natal :)


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

"Post" do fim do mundo

Mais extasiante do que uma passagem do ano,a escassos minutos das doze badaladas,é a sensação de estarmos a escassas horas do dia "traçado" pelo povo Maia,séculos atrás,como o último dia do mundo. Os Maias sabiam muito de muita coisa, sabiam inclusivé de coisas quiçá,demasiado avançadas para o contexto da época. Mas nem os Maias,nem ninguém são exímios em premonições,profecias visionárias e outras que tais.
Há algo e somente isso,que é inegável: o mundo acabará com toda a certeza para cada um de nós,seres vivos, um dia . E depois o mundo continua,para os que ficam.
Para mim,o fim do mundo é quando vejo determinadas notícias na televisão ou nos jornais,que me deixam estática e muda de choque.
Parêntesis de silêncio,a isto que se chama vida.
Gritos de alarme a quem precisa de acordar para a vida.
Não,não estamos a escassas horas do dia do fim do mundo.


Todos os dias ,são dias dele. De uma maneira ou de outra.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ecos culinários




Eu vejo a cozinha em duas vertentes: a vertente obrigatória e a vertente lúdica.
É um facto que temos impreterivelmente de comer todos os dias,mas não tem de ser exactamente igual a forma como encaramos a cozinha e o acto de cozinhar,de todas as vezes que o fazemos. Por vezes,creio que a relação estabelecida é um misto de amor/ódio,cuja linha separadora é demasiado ínfima. Eu sinto isto às vezes e eu sou uma pessoa que gosta de cozinhar,por isso,coloco-me um pouco no lugar das que pura e simplesmente detestam e se o fazem,é apenas por obrigação.
Contudo,eu tento não pensar demasiado na obrigatoriedade das coisas: quanto mais rápido começar a fazê-las,mais depressa se terminam e pode-se partir para algo mais agradável.
Dá-me genuíno prazer cozinhar para "nós" cá em casa,para os amigos que se convidam,lembrar-me espontâneamente de fazer um bolo,inventar uma sobremesa ou um prato qualquer.
O caso só muda de figura quando não há muito tempo para cozinhar,para comer e a questão é pensar rápido,preparar algo do género "se bem pensei,melhor o fiz" e isto,lá está,exibe um carácter de obrigatoriedade que limita a imaginação e expressões prazeirosas, no acto de cozinhar.

E agora,só a título de curiosidade: o melhor bolo de chocolate das redondezas,foi feito cá em casa e não durou 24 horas...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dêem-me chapadas





 
Digo-vos já que todas estas fotografias são daqui . Descobri este blogue há uns 2 anos atrás e muito francamente, o efeito que surte em mim,é nada mais que um cataclismo de espasmos. Dêem-me chapadas,senhores. Abanem-me e chamem-me à calma e realidade,porque isto não se aguenta.
Para uma criatura como eu,que vê na decoração uma paixão,estas casas,tão únicas,de carácter tão pessoal,tão cheias de alma,de vida e... tão desprovidas de "high tech" e palidez,fazem-me francamente sorrir e falar sozinha. Sim,é verdade,eu às vezes falo sozinha. Se calhar "às vezes" é estar a ser singela demais.
Tanto que eu nunca consigo ver todas as casas (dizem eles que já foram a 105 casas) de uma vez: corro o risco de fortes arritmias e necessidade eminente de tomar uma caixa de Lexotan,logo de enfiada. Seja como fôr,já tive a minha ultra dose de indignação,ao ler que a casa da primeira foto que aqui vos mostro,em breve...será demolida!
Dêem-me chapadas,senhores...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

No planning at all



Já é de mim: não sou pessoa de planear,de estipular metas,objectivos concretos a longo prazo. Quando muito,traço esboços de algo que tenciono fazer,num futuro inevitavelmente breve; falar de alguma coisa para daqui a uma semana,é longe; para daqui a dois meses é muito vago; para daqui a 1 ano,é abstracto. Não estará muito certo,eu sei. Mas também sei que o mais comum a acontecer,será a mais simples das coisas planeada...sair exactamente ao lado; e tenho tido um número para lá do razoável,no que a experiências diz respeito. Já tenho a licenciatura,o mestrado e o doutoramento no assunto.
Por isso é que cada vez relativizo mais o facto de que a minha vertente natural,inerente è minha pessoa,seja exactamente: não planear.
E o reverso desta moeda por vezes é absolutamente inesperada e quiçá,cheia de boas surpresas.
Por isso,tendo apenas em conta de que não convém fazer da vida uma corda bamba (sem rede em baixo), ainda para mais quando se tem filhos, aquilo que faço é isto: viver um dia de cada vez,com os pés bem assentes na realidade,não aceder a ilusões traiçoeiras e permitir-me a sonhar um bocadinho de vez em quando...porque também precisamos desse alimento.

"Don't carry the world upon your shoulders" - para não esquecer*

sábado, 1 de dezembro de 2012

Chegou o dia

 
 
 
Da árvore de Natal.
Para a posteridade,já fiz questão de tirar as fotografias indispensáveis e de registar no caderno que estou a escrever para ela (que comecei,ainda estava ela dentro da barriga), estes tão únicos momentos. Porque como já eu disse aqui um número razoável de vezes (mas nunca será em demasia), é disto, de momentos únicos,que o melhor da vida se faz. E há que agarrá-los,de todas as formas que seja possível fazê-lo,porque eles escapam-se, fogem e é absurdo afundarem-se no esquecimento.
O entusiasmo infantil que outrora foi meu,no dia em que a árvore de Natal ganha vida dentro de casa,agora é o entusiasmo dela,que embora não sabendo do que se trata,já se alicia com as formas,as cores e as luzes,percebendo que há algo que foge à normalidade.











Enquanto isso,a banda sonora cá em casa é esta,que é dos
sons que melhor me soam aos ouvidos.



sábado, 24 de novembro de 2012

(Desa)sossego


 
"um colo ou um berço ou um braço quente em torno ao meu pescoço,uma voz que canta baixo e parece querer fazer-me chorar, o ruído do lume na lareira,um calor no inverno...um extravio morno da minha consciência; e depois sem som, um sonho calmo num espaço enorme, como a lua rodando entre estrelas..."



 Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego"
 
e um final de tarde numa praia ao pé de casa. Quantas vezes terei eu de concluir que são de momentos simples,de pessoas de alma inteira e despretensiosa,que o melhor da vida se compõe...? 
 
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

I like mondays

 
 
Gosto da ideia de caderno limpo e em branco,que nos oferece a possibilidade de fazermos nele o que quisermos e é um pouco assim que eu vejo as 2ªs feiras.
No entanto,não implica necessariamente que para mim seja o rescaldo do fim de semana,bem aproveitado e descansado,como a maior parte das pessoas,pois no meu trabalho,os fins de semanas podem ser uma 4ª e 5ª feira,por exemplo.
Mas independentemente disso,o espírito,o tal do caderno em branco, está "lá" e como eu já disse num post anterior,as coisas estão ( e são) no modo como as vemos e interpretamos.
E eu gosto das 2ªs feiras e do seu semblante fresco,auspicioso, a oferecer-nos despretensiosamente uma nova semana,um novo recomeço... 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Em boa companhia

É intrínseca à minha pessoa,a necessidade (é mesmo este o termo) de "fazer acontecer".
Se em miúda me entretinha a fazer desenhos, se na adolescência tive a minha fase de pintar ,se há uns poucos anos atrás não passava sem escrever quase diariamente, agora preciso de ter (infelizmente,já não com a frequência que desejaria ) interacção com a máquina de costura.
Preciso.
E é assim,com companhias boas como : tecidos,chá,chuva e Aretha Franklin,que se compõe uma tarde em pleno,tranquila, como eu gosto e vou satisfazendo esta necessidade quase básica.
E com uma "Gipsy Bag" feita,segue-se a encomenda de uma almofada.
Ok. Vamos a isso.

 
when my soul was in the "lost and found",you came along to clame it
 
 - coisa linda. Respect to Aretha.


 
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Alegria no trabalho

Todos nós temos uma altura na vida,em que sonhamos com o que um dia viremos a ser.
Essa doce infância em que para além de sonhar,acreditamos com essa particular convicção infantil,de que de facto seremos tudo aquilo que queremos ser (sim,porque a criança nunca quer ser apenas uma coisa,mas várias em simultâneo; no meu caso,queria ser bailarina,veterinária e engenheira agrónoma).
Gostava de saber de casos que em adultos,concretizaram esses sonhos de criança.
Eu não sou um deles e creio que a maioria da população mundial não será.
Seja como fôr e independentemente do trabalho em questão,para mim há um factor essencial: trabalhar-se com prazer naquilo que se faz. E aí sim,aí já encontrei verdadeiros testemunhos,em varíadíssimas áreas,de pessoas que gostam mesmo do que fazem,desde a senhora das limpezas,até à pessoa que trabalha na área cinematográfica.
Por vezes entro em sítios tão "cool",com um ambiente tão bom,tão positivo,que a minha vontade imediata (sim,sou impulsiva e tenho de me controlar) é de perguntar se não precisam de empregada...e atenção que não é por ter falta de emprego,porque felizmente o tenho,estável já durante anos. E hoje em dia,cada vez mais,em relação a ter um emprego aplica-se bem o ditado "em terra de cegos,quem tem olho é rei" -infelizmente é cada vez mais escasso,as condições de alguns deles são verdadeiramente precárias e pode conduzir ao desespero das pessoas.
Num contexto destes,sem dúvida que é preciso dar-se valor ao que se tem. E eu dou,no sentido em que me permite ter uma vida desafogada e acima de tudo,contribui para o bem estar da minha família.
Mas trata-se daquilo com que sempre sonhei? Não. E também não tenhos espasmos de felicidade pelo trabalho em si. Reconheço que é um trabalho em que todos os dias são diferentes,não prima pela monotonia,é um facto e além do mais,não é qualquer trabalho que me dá a oportunidade de,por exemplo,ter o Johnny Depp à minha frente (memorável dia esse,15 de Maio de 2003).
Mas tudo isto são pérolas raras. É giro,mas o que no final das "contas feitas" perdura,não é isto.
Noutro dia fui a um sítio,que uma grande amiga minha (e que como tal,me conhece bem) define como " a minha cara" : a LX Factory. Para além do próprio espaço ser muito engraçado e atractivo e não falando do facto de que no ar,respira-se o cheiro de bolos acabados de sair do forno e cappucinos com caramelo,há ali uma energia muito muito especial; daquelas energias que nos fazem deixar lá parte de nós próprios,mesmo quando já estamos em nossa casa.
É sem dúvida daqueles sítios em que tenho sempre,obrigatoriamente de voltar; é sem dúvida daqueles sítios em que,não tivesse eu uma filha para sustentar e um orçamento familiar a considerar, perguntaria, mal pensando  no valor do ordenado: "Por acaso não precisam de uma empregada...não?"



Porque ali sente-se: há alegria no trabalho.

domingo, 11 de novembro de 2012

Das paixões sem limites


Elisabeth: "how did you know...? how did you know I would respond to you the way I've had...?

John: "I saw myself in you"


Hoje em dia já não se fazem filmes assim,sem que caiam inevitavelmente na vulgaridade.

sábado, 10 de novembro de 2012

As coisas,mediante o nosso olhar

    "Granny Chic",Tif Fussel & Rachelle Blondel



Gosto de guardar comigo,seja na memória,seja num bloco de apontamentos,frases que desafiam a nossa interpretação e, obviamente, respectiva reflexão.
Do Oscar Wilde ( para ele,uma grande vénia,sempre!) tenho umas quantas que praticamente já me circulam no sangue, do Vergílio Ferreira (um mestre da escrita,sem dúvida um dos meus preferidos de sempre) também são outras tantas frases,daquelas que de tão fortes,fazem tudo o resto parecer trivial...
Embora tenha sido sempre dada à escrita,houve uma altura em particular da minha vida em que todos os dias escrevia, tinha um caderno na mesa de cabeceira e era assim que dava por rematados os meus dias.
Nessa altura,essencialmente,o gesto da escrita era essencial e altamente pessoal,embora houvessem textos que tenha tornado públicos.
A escrita é uma outra forma que tenho de ver o mundo e por isso compreendo muito bem,quando ouço pessoas dizerem que "por escrito seria mais fácil".
Não quer dizer,lá está,que o "fácil" se traduza por "trivial". Pelo contrário: por escrito poderemos expressar de forma mais completa,mais bela,mais profunda,tudo aquilo que sentimos,numa intensidade inigualável à palavra falada.
E por experiência própria,vos confirmo que assim o é, efectivamente.
É como se passarmos algo para o papel,fosse todo um gesto,um exercício introspectivo,cujas raízes tocam no que de mais íntimo existe em nós.
O significado de tudo, reside na forma como o interpretamos, está no nosso olhar, na nossa própria expressão.
Bom,mas isto é uma mera opinião, vista mediante os meus olhos,claro está...

Mudando um pouco o assunto,há uma série de coisas que me aguçaram a curiosidade na Time Out desta semana e como tal,vou ter de as ver com os meus olhos.

 
Nesta Lisboa que eu amo,há uma série de espaços giros (uns que eu já conhecia,outros mais recentes que ainda não conheço), que já me puseram em modo "planeamento de roteiro" para os próximos dias de folga. Just can't wait!

E porque nem só do olhar vive o Homem,passando agora pela música,remato este,digamos, diversificado post, com a música de uma cantora que conheci recentemente e muito francamente...adorei!
 
E pronto. Hoje deu-me para isto.:)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O que a chuva traz




Os momentos de aconchego, os dias tranquilos (as férias são agora), os pequenos almoços bons e demorados, fingir que somos da idade dela e andar pelo chão alinhando numa série de brincadeiras.
Mexer nos meus tecidos e pensar no que vou fazer com eles, dar azo à imaginação,ficar no sofá até tarde com um livro na mão e deixá-lo cair até adormecer.
E galochas,as minhas preciosas galochas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dos dias e das noites especiais






 
Bocados pequenos,em formato fotografia,de mais um aniversário.
A chuva abriu um parêntesis e ofereceu-me um dia cheio de sol (e pouco frio também),o que nos levou até ao jardim para um almoço tranquilo; páginas soberbas de um livro que eu andava a cobiçar há algum tempo e que foi uma das minhas prendas; um jogo de Mikado ao serão,a fazer-nos lembrar tempos em que eramos sem sombra de dúvida mais jovens.
E acima de tudo,coisas boas,daquelas que se sentem e cuja máquina fotográfica não consegue reportar.
Há dias e noites assim.

  

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Manhã de aniversário

 
 
 
Eu poderia começar por mais uma vez, fazer uma pequena dissertação sobre a forma como o tempo corre apressadamente,sem nos perguntar se na realidade queremos que assim seja e que 36 anos se passam assim mesmo: num instante aqui cheguei.

Mas não vale a pena entrar em pormenores desse tipo,nem que não me sinto de forma alguma com trinta-e-seis anos,porque sou mesmo uma miúda (mas uma miúda que sabe muito bem o que quer e o que não quer).
Nesta manhã de aniversário,resta-me deixar aqui registado o facto de que esta minha data de 30 de Outubro ter sido sempre um dia feliz para  mim e para os que me estão próximos: os meus pais desde cedo fizeram a questão de que assim fosse e eu deliberadamente prorroguei esse festejo e estado de espírito ao longo da minha vida. Hoje em dia e de há uns anos para cá,o meu aniversário nunca se limitou unicamente a um dia singular,mas sim a uma espécie de "época" alegre,que se inicia na véspera,à noite,com uma descontraída e cúmplice reunião de raparigas: meia dúzia de amigas que se juntam em minha casa,prontas para umas boas horas de riso e confidências.Ontem à noite não foi excepção.
Hoje vai ser mais familiar,intimista de igual forma,mas garantidamente cheio de bons momentos,já que as pessoas que realmente estão "cá dentro",não nos desiludem...porque nós também estamos por inteiro "dentro delas",para o que der e vier.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Quietude

 
Como eu gosto do sossego. Nunca fui dada a confusões e multidões com os seus sonantes alaridos,nem vê-las. Para isso já me basta o meu trabalho e quanto a isso,nada posso fazer.
Por isso,opto sempre que possível,pelo sossego.
Creio que as únicas excepções que fiz relativamente a isso ao longo da vida,foram os concertos e festivais de música nos quais,deliberadamente e com muito agrado me "inseria"...! E aí,tentava ignorar o facto de olhar em volta e ser uma cabeça de alfinete,no meio de tantas outras e relativizava a minha surdez no final de cada concerto.
Claro que quando se corre por gosto,o cansaço é outro...
Aproveito também esta calma que me agrada,para aninhar-me no sofá,com um livro. Agora comecei muito entusiasmada a ler este, cuja história me deixou curiosa,para além da mesma ser intercalada com autênticas fotografias vintage.

E este preciso momento,"congelo-o" através das palavras,porque é digno disso e traduz exactamente a sensação do que escrevo : sossego. A chuva cai lá fora e dentro de casa a atmosfera é serena.
Certamente,uma das mais perfeitas atmosferas que existe,a meu ver.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lar








Esta casa é uma paródia.

Dois adultos (quase) sempre na palhaçada,uma menina com pouco mais de 1 ano que alinha em tudo o que seja brincadeira, duas cadelas malucas que se amam incondicionalmente (é verdade,amor puro e despretensioso),um gato gorducho que está entre o "ursinho Teddy Bear" e um eunuco, uma gata de raça "bosque da noruega" que tem um nome pomposo,a condizer com a sua personalidade sensível e coquete, e uma outra gata com espírito de fedelha irresistível,ternurenta e descaradamente transgressora.
Tudo se conjuga e até os animais,qual fábula de La Fontaine,adquirem voz e pensamento, nesta casa.

"Cá dentro"vive-se aquilo que se ama e amamos aquilo que vivemos.
Quando deixarmos de ser assim,é porque há algo que está muito errado.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Seremos Heróis


Esta não é só uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos. Tenho para mim que será basicamente uma provável e merecida banda sonora de todos os cidadãos,deste país à beira mar plantado,vulgo "Portugal","nação valente e imortal".
Se chegarmos ilesos e com um razoável nível de sanidade mental,ao fim (qual luz ao fundo do túnel,que para pessoas anti-pessimismo,como eu,é sempre a meta a considerar) desta "troiko-epopeia",seremos sem rodeios e sem falsas modéstias,autênticos heróis. A questão que agora se prende,é se continuarão "por cá" muitos,para mais tarde contar a história da sua (sobre)vivência.
Arre. Tempos ásperos estes,em que tudo parece em constante mutação...para pior.
Não resta mesmo mais nada senão agarrarmo-nos àquilo que ainda temos de bom: uma família,uma casa onde regressar todos os dias,um trabalho e a tal luz ao fundo do túnel,que por si só,constitui sem dúvida um alicerce essencial.
E vamos embora,que a vida não espera.

Cá por casa,felizmente,vai-se mantendo a tradição das coisas boas e como tal,começou já a contagem decrescente para o cumprir de mais uma. Porque agora vem o tempo de falar em festa,já que de crise,temos os ouvidos,a cabeça e todos os poros cheios.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Coisas boas,menos boas e "assim-assim"




Não dá de facto para se ser espectador da própria vida (e muito menos da vida dos outros,já que voyeurismos e "Casas dos Segredos" não são a minha praia...),pois tudo acontece e ao mesmo tempo...!
Num curto espaço de tempo,esta pequerrucha que por cá habita aprumou afincadamente a destreza da arte de gatinhar,descobriu a 9ª maravilha do mundo que é o papel higiénico e...enfim,nem tenho palavras! Tive também de me ocupar de uma tarefa especial,em relação à minha casa,que embora agradável,foi trabalhosa; a mesma dita pequerrucha ficou constipada,com sérios problemas para dormir o que fez com que a sua mamã fosse trabalhar e aturar o mundo,com apenas 2 horas de sono dormidas (bebé doente = papás zombies); por incrivel que pareça,no meio disto tudo ainda consegui encontrar tempo (uau!!) para fazer a 1ª mala de inverno deste ano,para continuar a ler o meu livro e para me sentar uns momentos ao computador e descobrir coisas giras que vou adicionando à minha wishlist.
Uma dessas coisas giras que encontrei, foi este som delicioso feito por duas irmãs suecas,numa onda muito cool,muito hippie,muito folk


Tal como eu já escrevi há pouco tempo por aqui,isto tem de ser tudo devagarinho. Muito devagarinho...