terça-feira, 25 de setembro de 2012

Tenho queda pelo Outono




Fim de tarde.
Vou ao jardim,eu e a Canon (sim,eternamente orgulhosa da minha câmara). E as galochas.
Finalmente choveu. Finalmente que,enfim,uma estação se inicia no calendário e faz justiça às suas características,sem mais demoras (no ano passado,por exemplo,o verão foi por Outubro adentro...).

Agora roguem-me pragas,mostrem-se indignados,mas a verdade é esta,nua e crua : adoro esta chuva,este atenuar das temperaturas que puxa ao aconchego,adoro saber que tenho de sair de casa com um casaco vestido ( até porque o casaco é a peça de roupa que mais gosto),adoro a côr da folhagem,adoro o cheiro a terra molhada (este pormenor, é pena que a Canon não consiga captar).
Não sou pessoa admiradora incondicional de calores tórridos,em que de cada vez que se chega a casa,tem de se tomar um banho e mesmo assim,passado pouco tempo,já está de novo toda "peganhenta". Bah!
Mas como o mundo é de todos e as coisas até estão muito bem feitas (pena que cada vez mais tratem de desfazer e destruir e depois vêm dizer que a culpa é dos Maias...), para se "distribuir o bem por todas as aldeias" ,existem as denominadas 4 estações,que verdade seja dita,se encontram cada vez mais dissipadas e menos delineadas...tivemos um belo Verão,mas agora é a minha vez de curtir as temperaturas que se adequam mais ao meu gosto e as atmosferas inerentes a isso (quem é que recua perante a ideia de sofá+manta+filme+cházinho+numa noite fria?!?! ).

Mas isto tudo para dizer que adoro o Outono,pisar folhas secas,pôr gorros na cabeça e o cheiro a castanhas assadas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Falemos de vida







Sim,falemos de vida,de sorrisos,das pequenas e boas simplicidades dos dias,falemos de gestos bons,de abraços,de flores,de reencontros.
Falemos de espírito perseverante e positivo,de pessoas bem dispostas que remam contra a conjuntura e acreditam que sim,que podemos acreditar nisso tudo que povoa o nosso poço de crenças e sendo assim,façamos por isso.

Falemos de sábados à tarde cheios de sol e de ruas com animação a perder de vista.

Foi neste passado sábado,em Cacilhas,onde pessoas e bicicletas e muitas boas vibrações sairam à rua,para comemorar o dia europeu sem carros.
Foi giro,muito giro,tanto para miúdos,como para os mais crescidos. E estou a falar de uma zona que já acho particularmente bonita e interessante em dias normais...quanto mais num dia destes,que lhe deu um encanto ainda mais especial.
E fazendo jus ao dia em questão...fomos mesmo a pé para lá.
Deviam haver mais dias assim..!  

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Este não é um texto feliz



Não me esqueço do estado em que fiquei,quando em criança,a minha mãe me explicou o que era a morte: uma criança dificilmente consegue aceitar que afinal de contas,não se vive feliz para sempre,porque o infinito que o "para sempre" implica, não existe.
Faz parte da vida,é o curso natural da existência,bla bla bla. Uma merda,é o que é.
Não sei lidar com isso e pior,não sei lidar com a degradação humana que uma doença pode causar,tornando-se num suplício tanto para quem a sente na pele ,como para quem está mais próximo.
Já convivo com uma situação destas,muito de perto,há anos e portanto,sei bem do que falo.

Hoje escrevo aqui,em tom de desabafo,como em tantas ocasiões o fiz em papel,só para mim. Porque hoje
fiquei agoniada com a noticia da morte de uma pessoa. Porque seguindo o tal curso natural da existência,essa pessoa supostamente ainda teria muito para dar à vida...e a vida a ela.
E eu não lido bem com injustiças. 

E de facto,perante determinadas coisas,tudo o resto não vale nada.
Posto isto,estou-me a marimbar para o "diz-que-disse",para o euromilhões que nunca sai,para as invejas mesquinhas,para a "tragédia-feita-por-se-ter-perdido-a-tampa-da-caneta",para a "amiga-tão-amiga" que deixou de repente de falar,para a "amiga-da-amiga" que provavelmente por um processo de osmose,deixa de falar também,para o raio que parta  isto tudo que acabei de enumerar,mais outras cenas que tais.

Porque há uma coisa muito fdp,que aparece sem avisar e de repente,tudo o resto...são balelas.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Devagarinho


Como disse Oscar Wilde,"adoro os prazeres simples. São o derradeiro refúgio dos complexos".
Como o entendo. O que é preciso é ver a vida e os seus detalhes...devagarinho.
Para pressas,já me chega o meu trabalho,onde por vezes sinto que tenho de ultrapassar a velocidade da luz. E isso não é bom,nada bom.

Como tal,em tudo o resto,sempre que seja possível,é viver a um ritmo não lento (confesso que lentidão a mais,dá-me cabo dos nervos),mas digamos,harmoniosamente compassado.
Não é fácil,podemos chegar a atingir níveis de autêntico malabarismo ( e as mães saberão bem do que falo),mas há que procurar sintonia naquilo que se faz.
E se não se puder fazer tudo hoje,simplesmente...vai-se fazendo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Eu sou desse tempo




Gosto de saber que faço parte de uma geração em que a infância era literalmente,ser criança,nada mais. 
Lembro-me de brincar com outras crianças na rua,em frente à minha casa,não me lembro de ter tido brinquedos todos "xpto" e caríssimos e sei que me contentava a rodos,a ver o "Verão Azul", o "Dartacão", "O Bel e Sebastião" e a "Abelha Maia". E divertia-me a fazer as respectivas cadernetas de cromos...hoje em dia os cromos são outros e há certas "singularidades" que constituem por si só autênticas "cadernetas".

Eu sou do tempo em que não se falava a torto e a direito em crises,privatizações e outros circos de horrores que marcam o nosso actual quotidiano.
Eu pertenço orgulhosamente ao tempo em que se escrevia de uma determinada forma,contrapondo com o presente e estranho "acordo ortográfico" ,que naquela altura resultaria numa amálgama de erros. Foi assim que eu aprendi na escola e recuso-me veemente a algum dia escrever assim,desta forma "acordada".
Hoje em dia há crianças com meia dúzia de anos,com telemóveis,a pedir playstations no Natal e isto para já não falar naquelas que,nem com uma dúzia de anos de existência,já tratam o computador por tu e manuseiam o facebook.
Já não há desenhos animados míticos.
Obviamente que os tempos são outros, a evolução (???) se propicia a tudo isto,mas claro que o papel dos pais é fulcral e eu muito francamente,de acordo com os parâmetros que eu tenciono ver a minha filha a se desenvolver,não a estou a ver nos próximos 15 anos a "amigar-se" no facebook (nem sequer questiono a hipótese de ver tamanho sucesso cibernáutico,a extinguir-se,portanto...)

Acho que tudo deve obedecer a tempos,mais ou menos delineados: a infância é para ser perpetuada como tempo primário, único, puro e de plena descoberta. Os updates começarão sim,a serem feitos na entrada para a adolescência,tudo a seu tempo,tudo sem pressas,porque apressada já é a vida por si só e quando damos por nós,o presente já é passado

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Love street




Hoje trauteei à minha filha esta música. Porque me veio à cabeça ; porque felizmente ela pertence ao rol de crianças do mundo,que vive rodeada de amor.
E esmaga-me a alma eu saber que há crianças que pertencem a um outro rol,desconhecendo por completo o que é amor e o que é vida. Tudo o resto é mínimo,quando comparado com o bem-estar dos nossos filhos e eu só posso afirmá-lo convictamente agora,desde que sou mãe. Porque é algo visceral,que se sente desde as mais recônditas partes de nós.
O sol pode não "brilhar" todos os dias,nós próprios enquanto pais,trataremos de lhe incutir isso,isso e mais outros factos inevitáveis e inerentes à existência,mas se há algo que se estipulou desde muito cedo para esta menina é que,é absolutamente fundamental...ela rir todos os dias.
E creio que continuamos no bom caminho.

E a propósito da música,esta também é uma óptima rua para se morar... :)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Quem espera...

...não desespera (bom,quiçá às vezes). Quero mais propriamente dizer que,como lá diz o velho ditado,quem espera sempre alcança. Diga-se que eu nunca fui pessoa de "ficar à espera" do que quer que fosse,pois das duas ,uma : ou as coisas acontecem, ou fazemos por elas acontecerem. Isto,sem haver um meio termo.
Mas de facto há situações,em que não há outra solução,senão esperar.
Agora falando num espírito de "objectos de desejo"...já há muito tempo que um desses meus desejos se focava freneticamente na compra de uma máquina fotográfica,mas uma daquelas mesmo...boas,com "muito para agarrar". Ora,como um objecto destes não se compra,como "quem- mete-a-carteira-debaixo-do-braço-e-vai-ali-à-bica", tive de ter um bocadinho de paciência e lá está,esperar pelo momento mais oportuno. A pesquisa foi muita e muitas opiniões foram pedidas.

E o momento chegou e ela (moi même),nunca mais foi a mesma: agora é vê-la (a mim) sempre com a máquina em punho,a tentar não perder nada, quase ao milésimo de segundo,principalmente no que às brincadeiras e gracinhas com a sua filha diz respeito.
E é ouvi-la (eu própria) a dizer,toda cheia de orgulho: "caramba,isto foi das melhores compras (e esperas!) que eu fiz na vida!"



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Birthday girl








Não vale a pena tornar a repetir o quão rápido é o tempo que passa.
O que importa reter e manter na nossa memory lane,é o tanto de bom e de inesquecível que cada momento nos traz.
Passou 1 ano e passaram-se os dias a vê-la crescer, feliz e saudável.
E feliz estava ela e todos os que a viram,no seu dia.
E o que é curioso,é que ao longo da minha vida,sempre fiquei estranhamente contente pela chegada deste mês de Setembro,porque tinha sempre a sensação de que era aquele mês do ano,que me traria coisas boas. Muito boas.

Mal sabia eu, como estava certa.